O que é fotografia de moda? Desvendando a história da fotografia de moda

Se você já tem uma paixão por moda e está começando a se interessar mais por fotografia, por que não combinar esses dois interesses?

A fotografia de moda teve uma história eletrizante que a levou ao que é hoje.

Continue lendo para saber mais sobre seu passado e seu presente.

O que é fotografia de moda?

A fotografia de moda é um gênero de fotografia. Ela se concentra na exibição de roupas e itens da moda, e é mais comumente exibida em painéis de publicidade e revistas de moda.

As fotos geralmente apresentam modelos vestindo os itens exibidos. Muitos fotógrafos de moda já iniciaram e desenvolveram carreiras totalmente voltadas para a fotografia de moda.

A história da fotografia de moda

Aqui está uma visão geral rápida, mas completa, da história desse gênero de fotografia.

Fotografia de moda antiga

As primeiras fotografias de moda foram feitas nas décadas de 1850 e 1860.

Em 1856, Adolphe Braun publicou um livro com 288 fotografias de Virginia Oldoini, condessa de Castiglione, uma nobre toscana da corte de Napoleão III. As fotos a retratam em seus trajes oficiais da corte, tornando-a a primeira modelo de moda.

Fotografia de moda como parte da cultura parisiense

Outra característica dessas primeiras décadas foi o fato de terem documentado a moda das casas de moda parisienses.

As contribuições de fotógrafos de moda parisienses tão importantes, como Maison Reutlinger, Talbot, Felix, Henri Manuel e Boissonnas et Taponnier, já em 1881, marcaram a história da fotografia de moda francesa.

Eles trabalhavam em estúdio, mas os Seeberger Frères também tiravam fotos charmosas de moda ao ar livre nas avenidas parisienses e nas corridas na primeira década do século XX.

Fotografia de moda americana

A fotografia de moda americana começou a ser reconhecida entre 1900 e 1930.

O primeiro fotógrafo de moda americano influente foi o Barão Adolf de Meyer, nascido na Europa, que havia entrado para a sociedade londrina da moda por meio de seu casamento com Donna Olga Alberta Caracciolo.

De Meyer mudou a fotografia de moda ao banhar suas fotos em uma atmosfera límpida e luz cintilante, criando o que a Vogue em 1914 chamou de fotografia "artística". Essa abordagem mudou a ideia do que deveria ser uma fotografia de moda.

Em 1924, Edward Steichen substituiu os efeitos de foco suave do estilo de Meyer pelas linhas geométricas limpas do modernismo fotográfico. Steichen trouxe uma nova visão para a fotografia de moda, mostrando uma mulher moderna em roupas esportivas que refletiam um novo e liberado senso de si mesma e sua liberdade do espartilho.

Muitas das fotografias mais importantes de Steichen apresentavam sua modelo Marion Morehouse, que simbolizava o visual da mulher "contemporânea", a flapper.

Fotógrafo de moda após a Segunda Guerra Mundial

A fotografia de moda foi gravemente afetada pela eclosão da Segunda Guerra Mundial em 1939, devido à falta de materiais, modelos e locais seguros e à desmoralização da atitude em relação ao meio.

A moda era vista como uma forma frívola e desnecessária de luxo, as revistas de moda enfatizavam o papel das mulheres na guerra, racionalizavam a moda como um reforço moral, publicavam relatórios de guerra em vez de colunas sociais e apresentavam roupas sob medida, simples e, muitas vezes, monótonas, mais adequadas a um mundo caracterizado por relatos diários de morte e destruição.

A fotografia de estúdio, com seus adereços e configurações complicados, foi praticamente eliminada. Fotógrafos como Lee Miller, em Paris, e Cecil Beaton, em Londres, voltaram-se para uma abordagem documental direta. Louise Dahl-Wolfe produziu algumas das fotografias de moda americanas mais influentes da década de 1940, usando um estilo claro e inconfundível.

Com o fim da guerra, Nova York substituiu Paris como a meca da fotografia de moda. O design de moda e o setor de roupas prontas para vestir dos Estados Unidos alcançaram seu primeiro sucesso internacional no período pós-guerra.

Fotografia de moda durante os anos 60

A fotografia de moda na década de 1960 explorou temas exóticos e de orientação social. Isso se deveu, em parte, ao fato de o design de moda ter começado a mostrar a influência de muitas fontes diferentes, desde estilos camponeses e "de rua" até o movimento de liberação das mulheres, o programa espacial e a arte pop. Houve uma ruptura com as convenções, tanto nos costumes sociais quanto na própria moda:

• Foram criados trajes ultrajantes e aparentemente impossíveis de usar.
• As modelos refletiam uma nova diversidade de "aparência" e raça.
• A moda foi redefinida para um mercado desafiador dominado pela cultura jovem.

A década de 1960 também foi a época em que alguns fotógrafos de moda, incluindo Bert Stern e David Bailey, desfrutaram de estilos de vida de alta voltagem, honorários altíssimos e luxuosas instalações de estúdio.

Fotografia de moda nos anos 70

Nessa década, a Vogue francesa assumiu a liderança criativa na fotografia de moda e ofereceu a seus dois principais fotógrafos, Helmut Newton e Guy Bourdin, total autonomia criativa.

Deborah Turbeville produziu trabalhos que refletiam o deslocamento psicológico no mundo moderno, em parte por meio de suas poses desleixadas e estilizadas. Ela foi a primeira a usar modelos acima do peso e "feias", sendo pioneira em um padrão de modelo mais diversificado. Suas fotografias de "balneário" publicadas na Vogue (maio de 1975) causaram furor por evocarem a aura macabra de um campo de concentração.

Fotografia de moda nos anos 80

Algumas das fotografias de moda editoriais e publicitárias mais importantes da década de 1980 foram feitas por Richard Avedon.

Sua foto de Nastassja Kinski, mostrando-a nua com uma cobra gigantesca, tornou-se um clássico. A força e a independência das mulheres foram enfatizadas, de esportivas e atléticas a dominadoras e brutalizantes.

Diversos fotógrafos, incluindo Denis Piel, Bruce Weber e Bert Stern, retrataram mulheres ameaçando homens com tudo, desde livros de bolso até facas e correntes.

A própria moda, especialmente no trabalho de designers como Jean Paul Gaultier e Azzedine Alaïa, ajudou a formar o visual da fotografia da década.

Fotografia de moda nos anos 90

Na última década do século, Herb Ritts, Steven Meisel e Bruce Weber continuaram a produzir alguns dos trabalhos mais empolgantes e inovadores, incluindo a hilária versão hip-hop de Weber de uma Branca de Neve negra e os Sete Anões e sua interpretação do grunge na moda nos anos 90 (incluindo o primeiro anel de nariz pós-punk em uma publicação de moda da Vogue).

Dois dos maiores fotógrafos de moda, Irving Penn e Helmut Newton, continuaram a dominar o campo.

As modelos estavam cada vez mais diversificadas em termos raciais, com várias modelos negras, como Iman, Naomi Campbell e Karen Alexander, alcançando o status de superestrelas das celebridades.

Fotografia de moda no século XXI

Com relação aos primeiros anos do século XXI, vimos o surgimento de jovens talentos como Christophe Kutner, Glen Luchford, Javier Vallhonrat e Craig McDean.

Eles ultrapassaram os limites da fotografia de moda mais uma vez, acompanhados por roupas e estúdios brilhantes e chamativos.

O que é certo é que a fotografia de moda, seja ela publicada na Vogue, W, Dazed and Confused ou Sleaze Nation, continuará a refletir a sociedade e a época em que foi feita.

Aprenda fotografia de moda com James Nader

Como vimos acima, como qualquer outro domínio, a fotografia de moda foi altamente influenciada pela história e pelas mudanças sociais.

Ter as fotografias como um arquivo dessa época é um verdadeiro legado.

Se você é apaixonado por moda e gostaria de se tornar um fotógrafo de moda, saiba como entrar na fotografia de moda com James Nader.

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