The Real Deal: 4 das melhores cenas de pôquer do cinema
As variações do pôquer e dos jogos de cartas existem há séculos e têm sido jogadas e adoradas por gerações. As origens do jogo de cartas não são confirmadas, mas acredita-se que ele tenha se originado de alguns jogos, como o jogo de cartas persa "As Nas".
Foi somente no século XVII, quando o jogo francês Poque ganhou destaque na América do Norte por meio dos colonizadores, que a versão moderna do jogo foi desenvolvida com cinco cartas para cada jogador e um total de 52 cartas.
As pessoas adoram cenas de pôquer: A atratividade das fichas e do dinheiro
À medida que o jogo se tornou um passatempo popular nos Estados Unidos, com Las Vegas se tornando o centro de apostas para cassinos e jogos de cassino, o cinema americano do século XX atingiu seu auge com a Nova Hollywood. A nova tecnologia e os orçamentos maiores elevaram o setor cinematográfico, e o glamour da velha Hollywood foi transferido para o grande número de filmes com tema de cassino feitos a partir da década de 1960.
Nessa época, a representação dos jogos de azar, especialmente do pôquer, no cinema dos EUA era muito glamourosa e intensa. O público adorava e ainda aprecia as cenas de pôquer nos filmes dessa época por vários motivos. A primeira e mais óbvia é que o aumento de filmes com temática de pôquer nos proporcionou alguns momentos cinematográficos icônicos - que tal aquela última mão em Casino Royale?
O pôquer é um jogo de estratégia e intelecto e, naturalmente, para o público, as cenas de pôquer criam um alto nível de drama e antecipação que o deixa na ponta da cadeira. As cenas de pôquer também proporcionam uma emoção secundária para os cinéfilos, pois eles não estão participando diretamente do jogo, mas observando os personagens jogando pôquer de alto risco com dinheiro real diante de seus olhos.
Os jogos de pôquer são parte integrante de alguns dos filmes mais icônicos da última década. Portanto, sente-se e leia nossa lista com 4 das melhores cenas de pôquer do cinema.
Cassino Royale (2006)
O enredo desse filme mostra James Bond (Daniel Craig) tentando impedir que Le Chiffre (Mads Mikkelsen), o rei do crime organizado, tente ganhar um dos jogos de pôquer de apostas mais altas do mundo. Essa cena é particularmente intensa porque os riscos pessoais são maiores do que o dinheiro envolvido.
O diretor Martin Campell opta por filmar a cena com close-ups dos rostos dos jogadores. A iluminação também é extremamente importante aqui porque eles estão jogando em uma sala com pouca luz, o que permite que o foco permaneça nos jogadores e não no glamour da sala em si. Além disso, a cara de Craig quando o prêmio em dinheiro chega a US$ 10 milhões é épica. E o mais importante é que a produção teve seu próprio consultor de pôquer, Tom Sandbrook, para ajudar na autenticidade da sequência, e ele certamente o fez. Martin Campbell disse que um erro que chegou à tela foi Bond dar uma gorjeta de US$ 500.000 a um dealer do jogo na forma de um cartão de plástico.
Rounders (1998)
Os anos 90 foram a época de ouro do cinema e Rounders, dirigido por John Dahl, não é exceção. O confronto final de pôquer entre Mike, personagem de Matt Damon, e KGB (John Malkovich), o gângster russo a quem seu amigo deve dinheiro. Mais uma vez, o foco da cena são as reações em close-up do personagem de Damon enquanto ele observa KGB arrumar suas fichas. Em segundo lugar, Rounders é um dos mais simples da nossa lista, mas é a narração de Damon que faz a diferença quando ele descobre a peculiaridade de KGB, que não vamos contar para você!
Quando a câmera volta em um ângulo amplo para KGB e Mike na mesa de pôquer, o público está roendo as unhas na expectativa de Mike e de KGB provavelmente engasgar com seus Oreos.
The Cincinnati Kid (1965)
Esse clássico do pôquer foi eleito o melhor filme de pôquer de todos os tempos pelos apostadores em 2004, então você sabe que deve ser bom! Steve McQueen interpreta o personagem-título, um azarão no mundo do pôquer que participa de um jogo contra Lancey "The Man" Howard (Edward G. Robinson).
A cena de pôquer é fundamental em sua cinematografia e estrutura. Assim como muitas cenas de pôquer, a cena do jogo de cinco cartas é filmada em uma sala mal iluminada, com cadeiras pretas e uma sensação sinistra. Na Nova Orleans da década de 1930, durante a Grande Depressão, a sala sombria só aumenta a intensidade da cena. Há um foco nos olhos do jogador, especialmente em Lance, enquanto ele pensa em desistir ou não, e conversas silenciosas dos espectadores enquanto assistem ao desenrolar dos eventos em uma nova tomada.
Os closes nas cartas com as mãos dos jogadores revelam muito sobre seus maneirismos e movimentos, mas não sobre suas emoções, e é por isso que essa cena pode criar um nível de drama realista, mas crível, para apostas que, de outra forma, não seriam altas em comparação com os outros filmes de nossa lista!
Maverick (1994)
Maverick, de Richard Donner, é considerado um dos filmes de pôquer mais conceituados de todos os tempos, com atuações épicas de Mel Gibson como Bret Maverick, nosso jogador de pôquer em dificuldades, e de sua parceira fraudulenta no crime, Jodie Foster. Mais uma vez, vamos a um confronto de pôquer para a cena final épica de uma obra-prima do pôquer. O que torna Maverick tão bom é que não se trata de derrotar um grande vilão, mas das aventuras de um jogador espirituoso que só quer chegar às grandes ligas.
Seu objetivo depende da interpretação, e talvez seja por isso que a cena final com Maverick, Commodore Duvall (James Coburn) e Angel (Alfred Molina) seja um final fantástico para um jogo satisfatório. Embora o filme não ensine o que são close-ups, ele usa uma mistura de ângulos de câmera quando um close-up é usado nos olhos azuis de Gibson depois que seu personagem revela, em uma sequência em câmera lenta, que tem um ás. Essa cena, combinada com a reviravolta épica do filme, que não revelaremos, torna-o lendário entre os fãs de pôquer.